SOBRE A ASSOCIAÇÃO PIPA (e rabiola)
A Associação PIPA (e rabiola) foi fundada dia 09 de outubro de 2023,celebrando os 10 anos de pesquisa sobre o tema do autismo e de formação de profissionais interessados na clínica com os autistas e no acolhimento aos seus pais e cuidadores. O Programa de Investigação Psicanalítica do Autismo é um dos programas e projetos da Associação que, além de pesquisar teórica e clinicamente o autismo, oferece o tema ao debate público através da formação de professores, visando ao acolhimento no ambiente escolar e ao desenvolvimento das habilidades de cada sujeito, dentro de sua singular possibilidade. Da mesma forma, oferecemos cursos e clubes do livro como formas de ampliar nosso campo de debate e de interlocução.
Há, atualmente, ao todo, 46 pesquisadores e estudantes ligados institucionalmente à investigação no Programa PIPA (e rabiola), que segue a Orientação Lacaniana da Associação Mundial de Psicanálise (AMP).
Bartyra Ribeiro de Castro fala sobre o novo lançamento da coleção PIPA TRADUZ
"Autismo não tem cura porque não é uma doença"
Se eu pudesse, num estalar de dedos, parar de ser autista, eu não o faria, porque eu não seria mais eu mesma.
Meu autismo integra o que eu sou!
- Temple Grandin
LANÇAMENTO DO LIVRO - COLEÇÃO PIPA TRADUZ
"O AUTISMO ENTRE ALÍNGUA E A LETRA"
“Comecemos por essa pergunta que Lacan se faz em A terceira que você destaca em seu livro: “como é possível que de alíngua se precipite uma letra? [...]
De fato, a linguagem privada é um testemunho, por excelência, da construção de uma borda específica, entre o sujeito e o Outro com o qual tem que se haver. Esses fenômenos originais testemunham sobre o encontro com o banho de alíngua no qual o sujeito está imerso, em todas as suas variedades. O sujeito se extrai de alíngua comum apoiando-se na repetição da inscrição de palavras no corpo. O sujeito não está feito para comunicar-se, mas para incluir-se no mundo de forma autoerótica. E são os percursos que o sujeito fará que permitirão a ele obter essa inclusão no mundo.
Os casos clínicos que estão incluídos nesse livro, são exemplos vivos de como opera, em nossa orientação, o parceiro analítico do sujeito autista, seja criança ou adulto. Fica, para o leitor, poder ler o que, no encontro terapêutico, se escreveu em uma cessão de gozo.”
Prólogo
Éric Laurent
